quarta-feira, 26 de julho de 2017

Uma ferramenta esquecida

No post passado eu falei sobre a Revolução dos Bichos, um livro que retrata o levante de bichos que idealizam uma sociedade sem a opressão humana, mas que após algum tempo percebem que a situação piorou, todavia poucos se manifestam contra isso. De uma forma semelhante, no Brasil, já passamos por diversas transformações e com toda certeza ainda não estamos próximos de um país totalmente democrático. É nesse contexto que a sociedade pode utilizar de ferramentas para cobrar das autoridades ou conscientizar-se sobre pautas sociais. Uma delas são as manifestações, que em 2013 tiveram o seu clímax nas terras tupiniquins. Digo "clímax", pois ao que me parece, esses movimentos não aconteceram mais com tanta fervorosidade, e isso é preocupante pois muitas coisas pioraram de 2013 para cá, contudo, uma grande parcela das pessoas parece estar descrente que "sair pra rua" não é algo que vá transformar alguma coisa.
A raiz dessa mentalidade se encontra na  malha histórica brasileira, em que o povo por muitas vezes foi preterido das mudanças que aconteciam por essas terras. Um exemplo disso foi a proclamação da Independência em 1822, em que a maioria das pessoas que viram aquele acontecimento, não compreenderam o que estava acontecendo. O padrão se repetiu mais uma vez em 1889, quando a República foi instituída e nada mudava para o povo. Vale ressaltar que em ambas, a participação popular em debates sobre pautas no que concerne à essas camada foi nula.
Em consonância, outro fator que tolhe, atualmente, a organização e a realização das manifestações é uma arma que deveria forte: a internet. Sim. Infelizmente, um ambiente que deveria servir de debate sobre assuntos da esfera social e também de organização do "sair para as ruas", tem se tornado um campo de alienação para muitos. A questão não é brigar nos comentários cerca de 8 horas por dia sobre a redução da maioridade penal ou outro assunto, e sim utilizar esse meio para informar-se e assim poder cobrar, incentivar e dar sugestões sobre esses assuntos. O ódio, em muitas situações, impera nesse âmbito e a democracia é assassinada.
Conclui-se que as manifestações estão sendo deixadas de lado por fatores que podem ser corrigidos.
É necessário que haja o debate de questões de relevância social nas escolas e nos ambientes acadêmicos, também incluindo as comunidades nesse processo. Também é  importante que em fim percebamos que a internet não deve ser usada como um ambiente de guerra e sim de compartilhamento, debate e organização. Dessa maneira, nos distanciaremos da temida alegoria orwelliana.

terça-feira, 25 de julho de 2017

"A Revolução dos Bichos" de George Orwell - Resenha

Olá internautas, aqui estou eu novamente, após aquela "sumida" básica, que com certeza não estava planejada, porém foi arquitetada pelos meus afazeres que consomem meu tempo (que dramático). Em fim, eu resolvi voltar ao blog após umas leituras bem proveitosas e espero que vocês gostem.

O livro de hoje é "Revolução dos Bichos" de George Orwell, que nada mais é do que um dos maiores escritores do século XX e sem sombra de dúvida conseguiu em suas obras descrever uma realidade que em um primeiro contato pode parecer exagerada ou que extrapola os limites da distopia, mas que é, infelizmente, cada vez menos virtual.
O livro conta de uma forma simples o processo de revolução e vivência desta na Granja do Solar, fomentada pelos ideais de um porco chamado Major. Em seu discurso o mesmo enuncia, de uma forma símile socialismo de Marx, que os animais não deveriam conformar-se com a opressão vivida há anos por eles e que por consequência, era mister que houvesse uma luta contra os seres de duas pernas - o homem -, para  que assim, uma sociedade dos bichos pudesse ser constituída.
O ideal acaba acontecendo e os revolucionários conseguem o que querem, já na liderança de duas figuras bem distintas, Napoleão e Bola-de-Neve. Esses dois porcos acabam entrando em conflito por questões de desenvolvimento mas é ai que então Napoleão acaba por dar um golpe e Bola-de-Neve é escorraçado da granja.

Sem mais revelações, a história de uma certa forma é desenvolvida a partir disso, todavia o que é mais interessante nisso tudo é a maneira magnifica e sem complicações que a comparação feita por Orwell se manifesta. Mormente, é necessário saber que toda essa linda alegoria escrita foi inspirada na União Soviética. O autor se identificava com as ideias socialistas pois já tinha convivido com a classe operária britânica, no entanto a face totalitária que era perceptível na URSS era considerada por ele um erro para o movimento. É assim, que cada bicho representa os personagens desde a Revolução Russa até o ápice do Stalinismo.
Napoleão é a face tirânica; Garganta o manipulador de informações (para mim um dos piores elementos desse regime); Sansão e o resto da granja, os manipulados; os cachorros, a opressão escancarada e muitos outros elementos como por exemplo a revolta das galinhas que representa os indivíduos que já veem que nem tudo na revolução é bom.

O interessante e assustador após esse entendimento, é que certos atos e episódios nesse livro parecem se tornar bem próximos à nós, tanto no âmbito internacional como no nacional. Essa obra deveria ser uma lembrança de um passado que não voltasse mais. Contudo se o mundo tem se visto próximo à essa alegoria, que usemos isso para sempre lembramos de combater essa face que ainda insiste em aparecer na humanidade. Orwell já nos avisou.

Que nós possamos combater a tão temida e, não tão distante, sociedade orwelliana.

sábado, 17 de junho de 2017

"Gabriela, Cravo e Canela" de Jorge Amado

Muitos livros vão além do que aparentam ser. Podem querer esconder algo para surpreender o leitor e mudar completamente a perspectiva que se tem de literatura."Gabriela, Cravo e Canela" é um desses e Jorge Amado consegue fazer isso de forma impressionante.
A história é ambientada na cidade de Ilhéus no século XX que vive em processo de progresso que é o que irá motivar inúmeros conflitos. De um lado temos uma aristocracia rural que pensa ainda viver na época onde tudo se resolve com arm
as e de outro vemos sonhadores que querem trazer um desenvolvimento rápido e preciso, estes representandos por Mundinho Falcão e aqueles pelo coronel Ramiro Bastos. Embates sociais, regresso e progresso? Essa história parece com a do Brasil, não? Isso mesmo! Ilhéus é uma completa metáfora das terras tupiniquins.
Mas e Gabriela? Onde fica? Pois é, Gabriela é importante porém não protagonista. Ela representa a liberdade e uma das várias faces femininas brasileiras. Convicta do que é felicidade, a mesma luta por isso. Existem outros personagens marcantes: Malvina, Glória, Josué, João Fulgêncio etc.

Uma história colorida, musical, alegre, instigante e outros muitos adjetivos. "Gabriela, Cravo e Canela" é uma obra digna de apreciação. Entre vitórias ou derrotas sociais, a literatura se mostra mais uma vez uma arma, que não machuca com força, mas transporta a realidade para as palavras, de forma simples porém cumprindo o seu papel.

sábado, 13 de maio de 2017

Resenha - "Triste Fim de Policarpo Quaresma" de Lima Barreto

Olá leitores que por algum motivo estão inciando a ler esse port, então eu sumi alguns dias pois na semana meu tempo é muito corrido e isso me impede de estar aqui no blog, porém essa semana eu terminei uma leitura muito interessante de mais um livro da literatura brasileira, o livro que falaremos hoje será "Triste Fim de Policarpo Quaresma" de Lima Barreto.
Essa obra de Lima Barreto expressa um dos pilares do que o autor defendia. Neste livro conhecemos, Policarpo Quaresma, um verdadeiro patriota sempre com seu espirito nacionalista que vive no Brasil República ainda em suas fase de recém-nascimento, saindo de um período monárquico e entrando em uma época onde muitos brasileiros sonham por um país melhor (só os com instrução ironicamente). E nesse contexto, Quaresma acaba que tentando realizar seus sonhos para a nação, mas acaba tendo sua utopia quebrada em um curto espaço de tempo. Não tem muito o que contar, você precisa ler o livro para saber o que acontece com nosso amigo patriota. Mas o que realmente me chama atenção à reflexão é que mais um vez Lima Barreto consegue de uma forma crítica e realista, sem esconder fatos, mas pelo contrário, mostrando-os sem medo, criar um personagem que traduzisse o perfil de muitos naquela época, e também a de hoje. Policarpo Quaresma nada mais é do que um cidadão que ama sua terra e acredita que ela seja perfeita para um bom desenvolvimento e outros sonhos patrióticos, mas acaba prejudicando-a pois não consegue ver quais os verdadeiros problemas que ela enfrenta. Se ele usasse todo o seu fervor e força em tentar diminuir problemas, que no contexto o nosso país possuía muitos e ainda possui, sem sombra de duvidas ele teria feito a diferença, mas não. Nosso país assim como muitas sociedades hoje, é cheia de quaresmas que são cegos pelo seu nacionalismo que impede de verem o que realmente é necessário ser feito e aonde. Ah e vale ressaltar, o fim desse livro bem triste para o nosso amigo.

Lima Barreto mais uma vez consegue de forma muito interessante perpassar a história falando de uma sociedade brasileira que já mudou muito, mas que continua tendo alguns dos muitos personagens retratados em sua obra.

sábado, 6 de maio de 2017

Resenha - "O Cortiço" de Aluísio Azevedo

Olá leitores e leitoras, aqui estou eu novamente e hoje eu irei falar sobre mais um livro da literatura nacional. Sabe eu nunca tive um preconceito com nossa literatura brasileira, o que faltava a mim era um contato, e estou tendo ele. É sempre bom lembrar: Literatura brasileira é muito boa sim! Basta procurar e aproveitar, porque será uma experiencia muito boa, eu garanto.

O livro de hoje vai falar justamente sobre essa identidade que precisamos ter, não um patriotismo elevado que chega a cegar as pessoas dos problemas, mas uma identidade realista e que não tem medo de mostrar quem realmente somos. Essa identidade é na minha opinião encontrada, mesmo que não totalmente, mas em parte em "O Cortiço", do autor Aluísio Azevedo.
Pelo título já temos uma gigantesca diferença, o livro trata sobre o cortiço que era um tipo de moradia muito usada no final do século XIX e começo do século XX. É em um desses cortiços que sera narrada a história de personagens que sem medo falo e repito, são tipicamente brasileiros. O dono desse lugar trata-se de João Romão, que aos poucos ascende socialmente sendo capaz de coisas que nem o mesmo imaginaria que faria. E ao mesmo tempo a história de outros personagens moradores dali vão se desenvolvendo, como Rita Baiana, Pombinha, Jerônimo entre outros. Mas lembram-se que eu falei sobre identidade? Pois é, ao ler essa obra realista vemos em cada um dos personagens traços da cultura brasileira. Amizade, desonestidade, corrupção, paixões que separam, o contato humano, o sexo, o sofrimento, a raiva e muitas outras características são descritas aqui. Vale ressaltar que "O Cortiço" foi uma das primeiras obras brasileiras à apresentar o homossexualismo, percebe-se que o livro vai bem além do que muitos tinham ido até ali. Com uma visão determinista e naturalista, Azevedo mostra nesse livro um Brasil que não era muito falado e que pelo contrário, era esquecido e descriminado. Uma obra muito interessante de se ler.

O Brasil, assim como nessa obra é mostrado é um país de muita diversidade e muitos problemas, é inegável que assim como naquelas habitações onde não havia higiene e as condições de vida eram deploráveis, nosso país enfrenta problemas também. Mas indo contra a filosofia determinista, que enuncia que tudo é explicado por relações de casualidade, creio que "O Cortiço" mostra muito mais quem somos e o que podemos fazer do que o que somos e sempre seremos.

Resenha - "Clara do Anjos" de Lima Barreto

Olá leitores e leitoras,se você está lendo essa postagem,fique atento pois hoje eu vou falar um pouco sobre um livro muito interessante e que claramente recomendo muito.

Primeiramente "Clara do Anjos" de Lima Barreto estava na minha estante à dias e por conta de um feriado me decidi, leria o livro. Na realidade, em minha mente eu pensava em "Clara do Anjos" como algum romance que para mim não teria nenhum atrativo ou algo que pudesse me surpreender, errei. Por isso é que nunca mais julgarei um livro pelo seu título (isso é horrível)

Mas vamos à obra em si. Esse livro de autoria de Lima Barreto tem seu enredo desenvolvido em torno de uma personagem: Clara dos Anjos. O romance se passa no subúrbio do Rio de Janeiro, inicio de século XX, e já começa com a apresentação do pai de Clara, Joaquim dos Anjos,percebemos que se trata de um homem de bem. Mas o importante é que a nossa protagonista está beirando sua festa de aniversário e também já beira seus 18 anos, entretanto temos um problema logo de vista(quando li aquilo já estranhei), a jovem pouco saí de casa, e aí você pode se perguntar "Mas muitas pessoas não saem de casa,são do tipo caseira", pois neste livro veremos que a proteção exacerbada pela parte dos pais da menina, que sempre justificam o fato de não a apresentarem o mundo como ele realmente é por falta de tempo ou por outras coisas, prejudicaram e muito a filha. Diante desse quadro, um dos amigos do pai da garota indicam um um violeiro jovem ou como queiram chamar, esse é Cassi Jones. A partir daí a ingenua irá se apaixonar pelo sedutor e também jovem de má fama só por ouvir falar dele, e no dia do aniversário a mesma acaba por se apaixonar totalmente. Muitas coisas aconteceram, muitas coisas tristes, mas deixo essa com vocês. Porém o que me chamou atenção foi a forma como Lima Barreto conseguiu transcrever tal e qual as consequências de "não se conhecer o mundo". Em plena sociedade carioca no século XX onde as pessoas são julgadas por sua cor de pele, posição social e lugar de onde vieram, não é de se espantar que Clara viesse a ter grandes decepções. No decorrer do livro, eu percebi que existem dois vilões nessa história: a sociedade em si que oprime e julga as pessoas por motivos já antes ditos, além de produzir muitos Cassis e continuar encobrindo seus casos e também os pais de Clara. Sim, eles foram responsáveis pela ingenuidade presente na filha não a mostrando como realmente era a sociedade e todas a suas mazelas, do preconceito racial até a corrupção, tudo isso foi negligenciado à ela. Não fazendo isso com intuito de mostrar como ela seria oprimida, mas sim sobre o que ela poderia fazer para mudar aquela situação. Clara dos Anjos foi reservada de conhecer a realidade e quando a viu frente à frente machucou-se e viu que o mundo não era um mar de rosas. Além destes existem outros personagens nesse enrendo que são construídos de uma forma muito legal. Assim como Clara, Lima Barreto também sofreu descriminações mas em sua literatura indo contra todo o nacionalismo ufanista cego, ele mostrou algumas das faces da sociedade brasileira.

Atualmente, existem muitas Claras (não só mulheres),no entanto o que mais me entristece é que hoje essas pessoas por si próprias não querem enfrentar a realidade como acontecido no livro e quando são obrigadas a ver isso acabam se machucando e conformando-se. Hoje, muitas Clara dormem ou ficam em suas casas. Que façamos diferente, que façamos o que Lima Barreto desejava, que todas as Claras acordem!

sexta-feira, 5 de maio de 2017

"1984" de George Orwell,muito mais do que um livro

Olá leitor,meu nome é Agenor e esse é o primeiro post que faço em um blog que venho pensando e muitas vezes procrastinando,porém aqui estou.Meu nome você já saber se chegou até aqui,tenho 15 anos e criei esse blog com o intuito de expressar minha opinião sobre livros(creio que em maior número),filmes,séries,histórias em quadrinhos e outros assuntos diversos.De inicio logo falo,essa é a minha primeira experiência com esse tipo de plataforma e eu não sou nenhum crítico cult que entende de todos os assuntos e quer impor sua opinião à todos,pelo contrário,vejo isso como uma oportunidade de aprender diversas coisas que me enriqueçam em todos os âmbitos. Sem mais delongas,vamos à nosso primeiro livro do blog.

Uma crítica,análise histórica e ao mesmo tempo uma análise do ser humano em seus mais extremos atos,tudo isso e um pouco mais construídos em uma estrutura literária é encontrado em "1984" do autor britânico George Orwell. Esse é o tipo de livro que todos deveriam ler.
Essa obra é descrita através do ponto de vista de Winston Smith,que vive no continente da Oceania(não o que conhecemos) e trabalha no Ministério da Verdade em uma sociedade totalitária,já sendo perceptível que algo não está certo por aqui. Esse regime é comandado pelo muito propagado e pouco conhecido Grande Irmão ou Big Brother e sua ideologia, IngSoc (socialismo inglês). Vale ressaltar que as pessoas dessa sociedade basicamente dividem-se em proletariado e os filiados ao Partido,sendo estes como uma elite que detêm um pensamento parcial - e bem manipulado - do que se passava ali e no resto do mundo e aqueles servem de produção para a Guerra que acontece na narrativa.
Diante disso Winston não vive uma vida muito boa (se é que alguém é capaz disso no livro) e tem certas lembranças sobre como era o mundo antes da Guerra,no entanto essas lembranças são fragmentadas.O livro vai se desenvolvendo em torno de um caso que serve como uma ligação para o que irá acontecer mais à frente. Winston se apaixona por Júlia,pertencente também ao segmento dele,os dois possuem uma certa insatisfação pelo governo,mas sabem que a liberdade anda escassa nesses tempos. É aí que entra outro personagem,chamado O'Brien,uma especie de ápice do ativismo partidário,que logo faz uma proposta aos dois para que façam parte de um falado grupo revolucionário que um dia derrubará todo aquele sistema,entretanto logo, os dois descobrem que na verdade passam por uma especie de teste de fidelidade ou algo do tipo e são capturados pelo Partido. Nesse momento vemos uma das melhores partes do livro na minha opinião,pois Orwell inicia com mais profundidade sua analise verdadeira e expressa por meio de uma total metáfora do que realmente quis dizer com 1984.
Orwell era do partido trabalhista britânico e em tempos como aqueles onde o fascismo,o estalinismo e o nazismo ameaçavam o ser humano,o autor foi além e conseguiu mostrar uma das faces mais horrendas que o ser humano pode ter. A principio pode parecer difícil de acreditar que de alguma forma o homem possa instituir uma sociedade onde não exista privacidade,liberdade de expressão,e seja forte a manipulação de informações de todas as formas,em suma sua vida não é mais sua e sim do governo,porém se pararmos para pensar no que o homem já fez no século passado e por que não no século atual,essa reflexão mostra-nos que na verdade somos capazes de bem mais. Ao ler 1984 eu confesso que fiquei surpreendido pois Orwell conseguiu de uma forma muito forte e concreta analisar a história,não sendo à toa que hoje esse livro é indicado nas disciplinas de história e filosofia.O Ministério da Verdade que na realidade mudava notícias,as teletelas que invadiam a vida das pessoas e o Grande Irmão,que de sentimento familiar não tinha nenhum,todos esses elementos nos revelam que o ser humano pode ir sim além das distopias literárias,algo que pode dar medo mas que tem uma brecha de esperança em uma frase no livro: "Se existe esperança,esta se encontra no proletariado". Não,não estou convocando uma revolução proletária,nada disso,mas analisando essa frase percebemos que hoje uma grande parte da sociedade seja ela pobre ou rica,continua alienada e sem medo digo,com uma tendência de ser levada por um Grande Irmão da vida.1984 é um alerta,é um chamado para todos sobre o que estamos fazendo com nossa sociedade e para onde estamos a levando.Um livro que rompe barreiras,uma reflexão,uma obra além de seu tempo,um livro muito mais do que um livro.